SANTA LUZIA COMPLETA NESTA QUARTA-FEIRA 176 ANOS DA SUA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA
Distante 76 quilômetros de Aracaju, o município de Santa Luzia do Itanhy, atualmente administrado pelo prefeito Adauto Dantas do Amor Cardoso, vai completar nesta quarta-feira 16, a data de sua Emancipação Política.O município vem vivendo uma nova fase, quando o prefeito Adauto Amor, no seu primeiro mandato e parte do seu segundo mandato, juntamente com seu secretariado já mudou para melhor muitas coisas na sede e na zona rural do município.É nesse ambiente, por volta de 1530, que nasce uma das primeiras povoações de Sergipe, São Luiz, hoje o município de Santa Luzia do Itanhi. Quem falou que a primeira povoação sergipana foi São Cristovão? Quarta cidade mais antiga do Brasil?A história da colonização de Sergipe começa por lá, quando o governador-geral do Norte do Brasil, Luiz de Brito, autoriza o também português Garcia d’Ávila a ‘tomar posse’ daquelas terras de Santa Luzia, que ficam na região Sul de Sergipe e a 76 quilômetros de Aracaju.A primeira tarefa, quando o prefeito Adauto assumiu a prefeitura, foi realizar o pagamento dos funcionários via banco, porque os trabalhadores da prefeitura recebiam seus salários na própria prefeitura, gerando uma série de constrangimento entre os operários públicos e dando para entender, que a prefeitura era uma espécie de feitoria.Também, o prefeito ouviu os anseios dos professores por melhoria na Educação e até mesmo nos vencimentos dos educadores, aprovando o Plano de Cargos e Salários dessa classe.As praças da sede do município foram totalmente reconstruídas, a prefeitura deu uma nova cara ao aspecto físico dos espaços públicos para acolher bem os moradores e visitantes.Construiu em parceria com a Justiça, um fórum para que a população pudesse resolver os seus problemas florais no mesmo muniípio, sem precisar se locomover a Umbaúba, onde a Comarca de lá funciona.Uma série de benefícios foi realizada pela administração do prefeito Adauto Amor. Diversas quadras poliesportivas foram construídas no município com o objetivo de tirar os jovens e adolescentes das ruas e mostrar a eles a importância da prática esportiva.O prefeito também fez diversos calçamentos na sede e em vários povoados de Santa Luzia. Ruas antigas receberam pavimentação e iluminação. E novas ruas surgiram.Vale ressaltar nessa administração, a reconstrução da Praça Cantidiano Vieira, localizada no coração do município. Ela foi totalmente reconstruída e implantada na mesma, uma fonte luminosa que chama a atenção de todos.As sedes da Secretaria Municipal de Educação e do Conselho Municipal de Educação foram edificadas por essa administração, com toda qualidade de atendimento. Como ainda, alguns postos bancários foram implantados na cidade, como Banco do Brasil e Bradesco para que os habitantes e a classe em geral pudessem se servir dos seus serviços bancários.O prefeito tem realizado diversas festas na cidade e colaborado com alguns resgates tradicionais. As festas religiosas dos povoados e a de Santa Luzia, padroeira do município, também vêm recebendo o apoio do administrador. Recentemente o gestor deu auxílio às festas de São Sebastião, padroeiro do povoado Botequim e Senhor do Bomfim, padroeiro do povoado Cajazeiras. A prefeitura patrocinou os shows de várias bandas de renomes regionais.São inúmeras realizações que a prefeitura de Santa Luzia tem feito para beneficiar sua população. Por isso que nessa festa de sua Emancipação Política, o prefeito presenteia os seus munícipes com todas essas obras que já foram realizadas e mais outras que virão para gerar desenvolvimento ao município e proporcionar melhores condições de vida para sua gente.HISTÓRIA DE LUTAS NA MAIS ANTIGA POVOAÇÃO DE SERGIPE DEL REYMuito antes da invasão européia no Brasil, uma comunidade indígena se destacava no Sul de Sergipe. Era a nação dos tupinambás. Organizados, viviam especialmente da pesca dos belos rios Piaguy, que depois veio a se chamar Piauí, e Itanhy, depois Rio Real.É nesse ambiente, por volta de 1530, que nasce uma das primeiras povoações de Sergipe, São Luiz, hoje o município de Santa Luzia do Itanhi. Quem falou que a primeira povoação sergipana foi São Cristovão? Quarta cidade mais antiga do Brasil?A história da colonização de Sergipe começa por lá, quando o governador-geral do Norte do Brasil, Luiz de Brito, autoriza o também português Garcia d’Ávila a ‘tomar posse’ daquelas terras de Santa Luzia, que ficam na região Sul de Sergipe e a 76 quilômetros de Aracaju.Garcia d’ Ávila era um rico e poderoso senhor de terras do sertão baiano e tinha o espírito de explorador. Montou um verdadeiro exército e partiu para a conquista de novas terras pelos lados do Rio Real.Mas para o historiador Clodomir Silva, autor do Álbum de Sergipe, Garcia d’Ávila também recebera a missão de barrar os avanços de colonizadores franceses, que já tinham grande influência na região.COMÉRCIO DE PAU BRASILOs franceses dominavam aquele território, por onde faziam o contrabando de Pau-Brasil, muitas vezes com a ajuda dos índios.Para o historiador, a relação de ‘amizade’ entre franceses e tupinambás era tanta que os exploradores montaram uma feitoria e deram o nome de ‘São Luiz’.Quando as tropas de Garcia d’Avila chegaram naquelas terras, conseguiram derrotar os índios, expulsaram os franceses e se estabeleceram no mesmo povoado, dando o nome de Santa Luzia. Não existe uma data definida para essa ocupação.A povoação de Santa Luzia foi logo abandonada pelo rico fazendeiro. Segundo alguns historiadores, os índios, fortes e aguerridos, não davam trégua aos invasores. Um dos motivos da reação dos tupinambás era o aprisionamento de outros indígenas para trabalhar como escravos nas fazendas. Outros acreditam que Garcia não teve sucesso comercial com a conquista do Rio Real.CHEGA GASPAR LOURENÇOPadre Gaspar Lourenço e seu irmão de hábito, João Solônio, teriam chegado em 1575 ao povoado abandonado por Garcia d’Ávila e reconquistado pelos índios. Os religiosos trouxeram alguns colonos e um grupo de soldados comandados pelo capitão Luiz de Brito. Segundo Felisbelo Freire, os militares foram mandados a contragosto do padre Gaspar Lourenço, que queria conquistar os índios exclusivamente usando o Evangelho.Os jesuítas levantaram a Igreja de Nossa Senhora da Esperança e fundaram a aldeia de São Tomé. Lá celebraram a primeira missa. Na frente, levantaram casas para moradia e escola para catequese. A aldeia estava subordinada á freguesia de santo Amaro de Ipitanga, na Bahia. Anos depois, chega àquelas terras o governador-geral do Norte do Brasil, Luiz de Brito.Os índios, mesmo ‘convertidos’ pelos jesuítas, desconfiaram da chegada do governador e teriam fugido. Luiz de Brito, muito inábil, entendeu que a fuga representava um rompimento das relações de ‘paz’. Por isso o governador declarou guerra aos tupinambás. Naturalmente, Luiz de Brito saiu vencedor, prendeu milhares de índios e os levou para a Bahia, onde muitos morreram.RESSURGIMENTO COMO VILAOs jesuítas e meia dúzia de colonos resistiram num povoado arrasado pela guerra. Em 1698, a Aldeia de Santa Luzia criada pelos portugueses, foi elevada á categoria de vila PR ordem do governador da Bahia, D. João de Lencastro. O nome oficial dado foi Vila Real de Santa Luzia. O historiador Rocha Pita, escritor de História da América Portuguesas, disse que o povoamento se chamou inicialmente Vila Real de Piaguy (Piaguy era o nome primitivo do rio que veio a se chamar Piauí e que banha as terras de Santa Luzia).Mas a ação de d. João de Lencastro provocou reações de moradores do município de São Cristovão. E a reação foi oficial. No dia 28 de maio de 1699, a Câmara, religiosos do Carmo e até o vigário da capital de Sergipe, padre José de Araújo, enviaram protestos contra a criação da Vila de Santa Luzia. A nova povoação esvaziava novas vilas que estavam sendo criadas, como Itabaiana, Lagarto e Vila Nova, mas principalmente a de São Cristovão.Um ofício ao rei foi enviado em 1704 pela Câmara de Santa Luzia. . Queriam mais terras, ultrapassando a outra banda do Rio Real, englobando assim os distritos de Abadia e Itapecuru da Praia. Mas a Câmara da Bahia foi contrária às intenções dos chefes políticos de Santa Luzia. Não satisfeita, a Câmara de Santa Luzia pede novamente ao rei a trasnferência da sede municipal para o sítio de Estância. Nada feito.MUDANÇA PARA ESTÂNCIADepois de vários pedidos e negativas, a Câmara de Santa Luzia, em 1831, conseguiu a transferência da sede da vila para a progressista povoação de Estância. Mas historiadores lembram da forte reação dos luzienses. Antes disso, porém, os moradores de Santa Luzia ainda lutaram contra a recém-criada Freguesia de Abadia pelas terras que hoje são o município de Indiaroba. As lutas demoraram um século, só terminando em 1843, quando um Decreto Imperial reconheceu as terras como pertencentes a Sergipe.Mas com a transferência da sede de Santa Luzia para Estância, a vila foi reduzida a um simples povoado. Os luzienses, boa parte índios ‘catequizados’, ainda conseguiram restauração de sua categoria. Em fevereiro de 1835, Santa Luzia consegue se libertar de Estância e torna-se município independente. No final do século XIX, o novo município é composto basicamente por grandes latifundiários que cultivavam a cana-de-açúcar. Santa Luzia chegou a ter a maior arrecadação e população entre os municípios sergipanos. As seis usinas eram conhecidas internacionalmente por suas altas produções. A mais antiga de Sergipe é a de São Félix.